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Um polo de tecnologia na floresta

Inteligência artificial é aliada da Unipar; cercada por floresta nativa, indústria química chega aos 75 anos de atuação no Grande ABC

Redação
Por: Redação
25/07/2023 às 09h20
Um polo de tecnologia na floresta
Divulgação

Anualmente 300 mil toneladas de PVC e 180 mil toneladas de soda cáustica líquida são produzidas na planta de Santo André da Unipar. A empresa química, que completa 75 anos na terça-feira, gera 1.000 empregos (diretos e indiretos) e está na fase final de expansão, com investimentos de R$ 100 milhões.

 

Situada entre Rio Grande da Serra e a vila ferrroviária de Paranapiacaba, a Unipar ocupa uma área de 11 milhões de metros quadrados, sendo 10 milhões de área verde preservada.

A empresa, que fechou 2022 com receita líquida de R$ 7,3 bilhões e obteve lucro líquido de R$ 1,3 bilhão (14% superior a 2021), pode ser considerada uma ilha de alta tecnologia em meio à Mata Atlântica. A inteligência artificial é aplicada tanto nos processos de produção quanto na proteção para evitar a ocorrência de acidentes.

 

“São várias camadas de uso de inteligência artificial. Tem a mais básica, que faz o controle propriamente dito, que mantém o controle da planta em marcha. E tem aquela que estamos implementando e que faz previsões do que pode acontecer. E, com base em modelos matemáticos, vai ajustando a produção e o consumo de matérias-primas em função do que está vislumbrando no futuro”, afirma o diretor da fábrica de Santo André, Pedro Rohl.

egundo o executivo, outras formas de utilização da inteligência artificial já estão em estudos. “Futuramente, vamos usar modelos matemáticos para pegar pontos de qualidade de PVC, verificar onde pode haver problemas e nos antecipar”, completa Rohl.

 

PEGADA DE CARBONO

 

O investimento de R$ 100 milhões feito na planta de Santo André da Unipar está sendo usado na construção de um eletrolisador e um forno de ácido clorídrico, que devem entrar em funcionamento ainda neste ano. Os dois equipamentos, além de melhorarem a produção, também vão contribuir para a sustentabilidade da empresa. “É uma tecnologia nova. Na queima do cloro e do hidrogênio (por meio do forno) vamos gerar energia e, com isso, reduzir consumo de gás natural e gerar menos gás carbônico. Nossa expectativa é diminuir em duas toneladas a nossa geração de gás carbônico por ano. Vamos reduzir a pegada de carbono”, explica Rohl.

 

Além de Santo André, a Unipar tem unidades em Cubatão, no Litoral, em Bahía Blanca, na Argentina, e está construindo uma outra em Camaçari, na Bahia. 

História se iniciou em 1941, com a chegada da Solvay na região 

 

A história da Unipar no Grande ABC começa em 1941, quando a Solvay chegou ao Brasil e se instalou em Santo André, sob o nome de Indústria Química Eletro Cloro. A primeira fábrica foi inaugurada na cidade em 25 de julho de 1948 e produzia soda cáustica, cloro e hipoclorito de sódio. 

 

A produção de PVC se iniciou em 1956; a de compostos de PVC, em 1958; e a de polietileno de alta densidade, em 1962. Em 2016, a Unipar anunciou a compra de 70,59% do capital da Solvay Indupa por US$ 202 milhões. Desta forma, passou a ser a dona da fábrica de Santo André.

 

No mês passado, a Unipar formalizou proposta para a aquisição das ações da Braskem, empresa que tem uma unidade no Polo Petroquímico de Capuava, que pertencem à Novonor (antiga Odebrecht) por R$ 10 bilhões. O negócio está em andamento, mas existem outros interessados, como a Petrobras, o grupo J&F e alguns fundos de investimentos.

 

A Unipar retomou neste ano o projeto Fábrica Aberta, iniciado na década de 1980, em Cubatão, e implementada em 2018 em Santo André. A iniciativa havia sido suspensa por conta da pandemia. As visitas devem ser agendadas no site da empresa.

 

A Unipar também apoia 15 projetos sociais e mantém o CCC (Conselho Comunitário Consultivo), que se reúne periodicamente para discutir e desenvolver projetos relacionados à saúde, segurança e meio ambiente. 

 

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